quinta-feira, 23 de abril de 2015

O Comedor de Novinhos

Esse é o primeiro de três contos muito mal feitos que postarei, não sei nem se posso chamar de conto, mas é como eu quero chamar. Aviso desde já que todos eles se tratam de coisas que aconteceram comigo e estão relacionadas pelo fato de serem sobre pessoas dando em cima de mim. Não estou dizendo isso para jogar na cara que alguém dá em cima de mim, até porque eu fiquei incomodado em todos os momentos e talvez preferisse que eles nunca tivessem acontecido. Contarei cada caso dando enfoque na parte que eu quero para facilitar minhas descrições e ir direto ao ponto, o que pode ocasionar uma péssima narrativa em primeira pessoa. Ainda bem que não preciso fazer bonito, preciso botar pra fora.

Chamaremos o nosso primeiro galanteador (ou chavequeiro, chame do que quiser) de X.  Na véspera do natal eu estava passeando com minha amiga (nomearemos ela de B, para facilitar) pelas ruas da minha cidade natal, uma mania do interior essa de andar por aí sem rumo, e então fomos parados por esse cara. Eu já o conhecia a distância, tinha visto ele em uma festa e sabia que ele e B eram amigos, mas nunca mantemos nenhuma espécie de contato direto. A conversa foi até legal, dei umas boas risadas, mas não durou muito mais que cinco minutos e três coisas devem ser pontuadas:
  1. Ele falou com B sobre o namorado dela de maneira bem sexual. Na hora eu ri, mas depois me disseram que X realmente dava em cima dele. 
  2. A conversa não se expandiu para o meu lado, de maneira que eu não falei, apenas ri. 
  3. Não fomos apresentados, ou seja, nem meu nome ele sabia.
Não lembrei de X pelo resto do dia, porém ao chegar em casa me deparei com uma mensagem dele no Whatsapp. "Ah, ele deve ter me achado legal e pedido meu número para minha amiga"foi o que pensei, erroneamente, mas já havia respondido-o. Acontece que a conversa dele foi a primeira que abri porque era um número desconhecido e eu fui checar a foto para saber quem era, então não vi que também havia a seguinte mensagem:
"X quer ficar com você. Ele pediu seu número e eu não passei, mas ele pegou meu celular escondido e olhou"
Que. Porra. Foi. Essa? Certamente X estava muito desesperado para chegar ao ponto de pegar o celular da minha amiga e olhar meu número, chegava a ser assustador, porém eu fiz uma decisão estúpida: eu quis usar ele para aumentar o meu ego. Sei que foi bem infantil da minha parte e talvez eu fosse o verdadeiro desesperado da história, só que ah, me dá um tempo, meu namorado vive com pessoas dando em cima dele e ele usa todo aquele charme o tempo todo, também posso. 

Não posso, aprendi a lição. Acontece que eu perdi o controle da situação e não tive mais paz por uns dois dias. X me chamava sem parar e dava em cima de mim tão descaradamente que mesmo depois de eu dizer que namorava e ficar falando do meu namorado sem pause, ele continuou. Chegou em um ponto que eu passei a sentir nojo e comecei a ignorá-lo ou demorar para responder após visualizar a mensagem e ainda assim ele não desistia.

Perguntei para B o que eu tinha que fazer para que ele saísse do meu pé de vez e acabei descobrindo duas coisas. Uma delas é que ele era muito insistente (jura?) quando queria alguém e geralmente obtia sucesso. Também soube que o papo que ele estava jogando para cima de mim era o mesmo que ele usava para conquistar adolescentes de 13 anos da minha cidade, aqueles que ainda estavam confusos sobre a sexualidade. Nesse momento eu fiquei puto porque uma pessoa tem que ser muito retardada para achar que vou agir como os moleques que ele cata, e pior ainda: ele praticamente se aproveitava desses meninos porque ele tinha sei lá 22 anos. 

A história acaba da seguinte maneira, nesse tempo enchendo meu saco ele pediu para eu dar uma chance e sair com ele e eu não respondi. Aí ele disse que se ele estivesse incomodando que podia bloqueá-lo. Bloqueei. 

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